quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sentido e Tempo...

Agora é 00:23, o sino da Igreja Luterana aqui de perto de casa, acaba de soar. Ele sempre soa em horários quebrados, que não parecem fazer muito sentido. Aí eu pensei sobre este blog que ninguém lê, no qual eu escrevo de vez em quando, e no fato de que ele não tem horários ajustados. As postagens nunca correspondem ao horário e até aos dias em que foram feitas... E daí? O que é o tempo? Como eu o percebo? Tenho 32 anos, mas, me sinto sempre uma mocinha (parafraseando Carlota Ivanóvna). É assim eu sou... perdida... mas estou sempre no caminho ou à caminho de algo... isto acaso é ser perdida de fato? E o que é ser equilibrada, saber o seu lugar? Tantas questões, dúvidas, medos, certezas... Mas lá no fundo, há uma confiança tão profunda no invisível.
Meu labirinto são minhas digitais, são as linhas que eu percebo no rosto do Jonathas e as que eu ignoro no meu.
 Há uns dois anos atrás postei no facebook a frase Labirinto simplificado é linha reta, assinalando que faria um curta com este título...
O curta não saiu, mas, fiz outras coisas com linhas retas, curvas, pontilhadas... Escrevi um trabalho, escrevi recados, cartas e não escrevi uma série de outras coisas. São muitas ideias pra uma única cabeça... Acho que preciso me juntar a outros corpos, para que de fato eu possa realizar ao menos 1% das loucuras enquanto há tempo...

Mas o que é o tempo?

Como eu o percebo?

00:36... 13 minutos, meia dúzia de linhas, um pouco de mim...

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Então as tuas férias estão plenas de outras coisas que não se parecem com férias...

Estas são as últimas férias oficiais que tenho na Uergs, visto que estou prestes a me formar. No semestre passado dirigi o espetáculo BLA, BLA, BLA, dentro da disciplina Prática de Encenação Teatral, ministrada pela professora Jezebel de Carli. O processo foi intenso, desafiador, mas resultou em um trabalho maravilhoso e em uma ligação forte com os (as) artistas participantes. Em função disso, decidimos continuar com a peça, retomando-a agora para posterior apresentação em agosto. Realizada no subsolo da Estação da Cultura, a peça prosseguirá ao menos este ano, ocupando aquele espaço, até que encontremos novos porões para nos infiltrarmos. O texto de David Ives - Palavras, Palavras, Palavras, sofreu algumas boas alterações em nossa adaptação, que conta com pelo menos três instalações diferentes por onde passa o público, até que chegue ao ponto de observação do espetáculo. A ideia de que são mais observadores, testemunhas de um experimento, do que necessariamente uma plateia, ainda carece de maiores aprofundamentos e investigações. Mas, seguiremos neste caminho - Raquel Peres, Luana Camila, Carla Saticq, Carla Pozo, Jéssica Pinheiro, Juliano Canal, Fernanda Stürmer e eu...

Além da retomada do BLA, BLA, BLA, nos reencontramos mais profundamente com nosso Jardim de Cerejeiras, orquestrado por Tatiana Cardoso. Desde o ano passado, ensaiamos uma vez por semana, mas fazemos regularmente intensivos de férias, que são extremamente ricos. Estamos entrando no terceiro ano deste trabalho, ampliando suas possibilidades, nos estruturando enquanto grupo e isto é maravilhoso!!! Até o fim do ano, com cenário e figurinos novos, faremos 4 apresentações, antecedidas de oficinas, que serão ministradas em duplas.
As apresentações fazem parte do projeto Circuito Universitário  e acontecem nos meses de setembro e outubro.  Estamos ansiosos (as) e felizes...

E quanto ao ISSO? Bom, o meu ritual performance ISSO, tem uma retomada mais contínua, a partir deste segundo semestre. Apresentei em duas sessões no presídio de Montenegro, na ala feminina. Foi muito bonito. Gostaria de tê-lo retomado mais intensamente desde o primeiro semestre, mas vivenciando meu processo de criação como diretora do BLA, BLA, BLA, morando lá e cá, (Porto Batista e Montenegro), fiquei perdida, sem saber como juntar as coisas e realizá-las de maneira produtiva. Então, esperei... me organizei, voltei para Montenegro e centralizei minha vida em um único endereço, agora então, começo a retomar não só o ISSO, mas o projeto Poesia Pessoal. Este nada mais é do que o nome pelo qual batizei o meu processo de criação do ISSO, após sua conclusão e releitura. A partir do Poesia Pessoal, me ponho a investigar como recriar alguns aspectos de suas vivências e caminhos híbridos, para propor alguns pontos de partida à alunas (os) que queiram imaginar/recriar suas próprias memórias e mitologia pessoal.

ISSO já tem sessões previstas para agosto na Estação da Cultura (Montenegro), setembro na CASA VIVA (Montenegro) e em outubro na Casa de Teatro (POA).